quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A arte de se querer viver a dois

Bom mesmo é dormir de conchinha, é ter alguém para vibrar junto com uma conquista, para dar um abraço apertado num momento difícil, para beijar, andar de mãos dadas e até mesmo para discutir. Bom  é ter cheiro no cangote, olhar convidativo pro sexo e contar as horas para ver alguém.

Mas para isso é necessário que as pessoas tenham em mente que relacionamento não nasce pronto. Se constrói e com várias partes chatas no meio do caminho. Mas é assim...nada na vida se constrói sem um pouco de esforço. Esforço esse que as vezes, por egoísmo, deixamos de realizar. 

Como já havia falado em um post anterior, a geração que fazemos parte (e acredito que as próximas também) não conseguem manter relacionamentos duradouros. Existe uma ideia de que um dia iremos achar a nossa "metade da laranja", a "alma gêmea" ou "aquela" pessoa que Deus guardou para cruzar o seu caminho. Eu tenho uma péssima notícia para vocês: isso não existe! Nunca vamos encontrar uma pessoa perfeita, que seja exatamente do jeitinho que queremos. 

Todos nós temos histórias de vidas diferentes, experiências diferentes, passado, etc. O fato é que para se manter um relacionamento é necessário uma dose de boa vontade e outra de paciência! Arnaldo Jabor diz em uma crônica o seguinte: "Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são referências, só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca." É bem por ai....Eu particularmente não acredito na história de que um relacionamento só é feliz com pessoas iguais, ou tão pouco naquela frase "os opostos se atraem". Para mim, os DISPOSTOS se atraem. Disposição! Essa é a palavra mágica para manter um relacionamento. Um namoro, um casamento, uma amizade colorida (como queiram chamar) só se mantém com disposição de ambas as partes. Relacionamento é troca, é ceder, é dar um passo à frente e se necessário dar um passo para trás. Tudo é uma questão de adaptação. Como em tudo na vida. 

O cientista Charles Darwin para defender sua teoria evolucionista dizia que "Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças." A dificuldade em aceitar mudanças pode, muitas vezes, ser o motivo de términos de relacionamentos. Ok. Relacionamento terminado. 

Bom, daí vale refletir bem e perceber se o que se perdeu realmente era importante. Se era, e por algum motivo você não conseguia enxergar isso antes, eu humildemente dou uma dica: estufa o peito, deixa o orgulho de lado e se esforce! Se esforce tudo o que não se esforçou quando deveria! Se exponha, peça desculpas, peça perdão e mostre que você realmente quer tentar! Corra atrás mesmo, sem vergonha! Não existe isso de "você vai se humilhar". Quem pensa assim merece ficar sozinho. 

Se não der certo a tentativa, tudo bem! Pelo menos você fez o que deveria e lutou por aquilo que acreditava.

:)


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

20ª Corrida pela Vida do ICI

No último domingo, dia 6 de outubro, aconteceu a 20ª Corrida pela Vida do Instituto do Câncer Infantil. Quem me conhece sabe o quanto eu estava ansiosa por este dia! A largada era ás 10h e eu consegui me atrasar! Encontrei o pessoal da equipe Martha Becker e começamos o percurso. Foi tranquilo, apesar do sol na moleira e eu ter ficado com o rosto queimado. Confesso que na finaleira eu estava cansada (pq sim sou sedentária. E sim eu subo um lance de escada e já estou esbaforida).
 
Mas o mais bacana era a energia da galera. Todos unidos pela mesma causa. A nossa equipe estava muito animada!!!!

Nota mental: preciso parar de fumar e preciso praticar exercícios. 

=) 

As fotos são de Wesley Santos






quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Quando a solidariedade supera as dificuldades

Hoje quando estava indo almoçar encontrei um morador de rua com dois cachorrinhos. Um muito filhotinho, o outro já um pouco maior. Os cães estavam devidamente aninhadinhos em cima de um edredom e suas expressões eram de felicidade. Aquela cena me chamou a atenção. Meus colegas de trabalho e eu paramos para conversar com o senhor. Seu nome: Vanderlei. O carinho com que ele tratava seus mascotes me deixou intrigada e curiosa para saber sua história. Tratei logo de pegar o celular e entrevistá-lo. Ele falava bem para um morador de rua. Seu olhar não era de raiva, nem de revolta. Seu olhar era de conformismo. Alguém conformado com a vida que leva e que, dentro do seu limite, ainda possui senso de preocupação e de consideração.

Vanderlei morava em uma vila onde agora está instalada a Arena do Grêmio. A casa foi construída em um terreno de 20x50 metros e cedida por um terceiro. Trabalhava como ajudante de obras e não tinha mulher, nem filhos. Apenas irmãos.

O ex-pedreiro foi preso durante 5 anos por assalto a um super mercado. Segundo ele, a polícia queria que ele admitisse ter participado de mais 15 assaltos, sendo que ele participou apenas de um deles. Por não assumir a participação nos outros e não denunciar os envolvidos, Vanderlei sofreu agressões da polícia como choque elétrico, asfixia e  apunhaladas com metais.

Ele foi uma das 32 mil pessoas vítimas da desapropriação para as obras da Copa (entre elas a construção da Arena do Grêmio e novo estádio Beira Rio). Os moradores da Vila receberam R$ 52 mil reais para a compra de uma casa nova ou o auxílio Aluguel Social, no valor de R$ 400 reais. Das duas formas os moradores deveriam ir em busca de moradias por conta própria. Vanderlei explica que teve dificuldades em conseguir passar a documentação de sua moradia para seu nome, por possuir passagem pela polícia. Além disso, para fazer a documentação ele teria que encontrar o proprietário da casa e arcar com todas as despesas. "Eu teria que deslocar a pessoa até o DEMHAB, pagar cem reais para fazer o contrato de firma registrado em cartório, e ainda arcar com mais toda a documentação. Eu não tenho esse dinheiro", explica.

Por enquanto, ele mora na rua. Mas não desiste de tentar uma negociação com o DEMHAB. Quando pergunto para ele se não prefere dormir em albergues, a resposta é objetiva: "Não. Já fui esfaqueado no último albergue que passei. Existem os caras que se acham donos desses lugares e acabam se incomodando com a presença de estranhos", diz se referindo a outros moradores de rua que frequentam os albergues.

Atualmente Vanderlei ganha a vida recolhendo latinhas e garrafas pet para reciclagem, o que lhe dá um retorno apenas para alimentar ele e seus mascotes. Aliás, esses são personagens especiais! O filhotinho, batizado de Bem Vindo (o catador encontrou o filhote dentro de uma caixa, no lixo do Parque Harmonia) é sapeca e feliz! E extremamente atento aos comandos do dono. Já a maiorzinha é a Pintada. A cadelinha é na verdade de seu irmão, que sofreu agressões de outro morador de rua, e está passando uma temporada com Vanderlei até que seu verdadeiro dono se recupere.

O amor que esse cidadão tem por seus bichinhos é realmente tão emocionante quanto sua história de vida e sua luta pela sobrevivência!

Quem quiser ajudar o Vanderlei com doações de comida, roupas e ração para os cães é fácil encontrá-lo. Ele fica sempre na Getúlio Vargas, esquina com a Bastian, no bairro Menino Deus.





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Titila Pela Vida - abaixo ao sedentarismo!

ATENÇÃO!!!! PAREM AS MÁQUINAS! Vocês irão acompanhar algo jamais visto antes.....a partir de hoje, começo um intensivo programa de preparação para participar da 20ª Corrida Pela Vida, promovida pelo Instituto do Câncer Infantil. A causa é nobre! E somente por isso eu resolvi entrar nessa. Tenho exato um mês para conseguir caminhar 3 km no dia 6 de outubro. Vocês devem estar pensando, "ai mas isso não é nada!" É sim, para uma pessoa sedentária como eu. Sou daquelas que sobe um lance de escada e já fica esbaforida, com falta de ar, suando...Eu caminho três quadras e já quero me sentar. Definitivamente praticar atividades físicas não fazem parte da minha rotina. Apesar de que, quando era mais nova, cheguei a praticar Jazz, futsal, judô e até academia. Mas nada disso durou muito tempo...



O fato é que estou apavorada!!!!! Além de um péssimo condicionamento físico, eu tenho ainda um agravante: ser fumante! (Por favor, não me apedrejem na rua!)

Estou realmente com medo......


Com muito medo!!!!

Mas ok, vou contar com a ajuda de dois colegas que irão me "treinar" para esta grande empreitada. Começaremos na segunda-feira a caminhar no CETE. E na primeira semana será assim: caminhando!!! Mas, só de pensar que todos os dias ao invés de ir pra casa tirar uma soneca eu vou ir caminhar já me dá preguiça.

Já me mandaram parar de comer porcarias e parar de fumar! Gente, não consigo...não assim de uma hora para outra...hehehehe. Mas ok, me comprometo em diminuir a quantidade de cigarros fumados por dia. (FORÇA!). A ideia é que na segunda semana eu comece a dar pequenas corridinhas....para depois correr mesmo. Quando penso nisso já me dá até falta de ar.


Bom, isso tudo, no mínimo, vai ser engraçado. Quem quiser acompanhar o processo todo, eu vou postar atualizações sobre minha evolução (ou não) aqui no blog. Mas, já me imagino lá no dia 6 de outubro atravessando a linha de chegada. Feliz por ajudar uma causa e por tentar melhorar meus hábitos não tão saudáveis. Imaginem eu chegando e tocando o "tema da vitória"....


Tá, ok! Na verdade vai ser mais algo do tipo......


Mas, o que vale é a intenção! =)

Quem quiser participar da Corrida Pela Vida, clique aqui.


Torçam pro mim!!!! \o/

domingo, 1 de setembro de 2013

Nem 8, nem 80!

Existem dois tipos de pessoas que não me inspiram confiança: as que não tem amigos e as que tem muitos amigos. As que não tem amigos, na maioria das vezes, são pessoas que não conseguem criar vínculos. Pessoas que não confiam nos outros e que se sentem tão alto suficientes ao ponto de não precisarem de amigos. Quase sempre estas pessoas são difíceis....não aceitam críticas, não gostam de conselhos e sempre acham que o outro não é tão bom quanto elas. Ninguém é bom o suficiente para andar com ela. Ou, sejamos bem sinceros, talvez ninguém aguente andar com ela!
Por outro lado, tem aquelas criaturas que estão sempre rodeadas de amigos. MUITOS amigos. E trocam com frequência o círculo de amizades. Esta característica também mostra o quanto a pessoa descarta as relações. Enquanto você está servindo de alguma forma para ela, tudo ótimo! Mas com o tempo ela precisa de novas amizades pois as antigas já o conhecem profundamente, já conhecem seus defeitos, fraquezas e já não inflam seu ego como antes. Aí, é hora de partir para novos amigos, que ainda não a conhecem por inteiro, e que, por isso, acham a pessoa mais divertida do mundo, mais inteligente, mais simpática, etc. Este tipo precisa ser o centro das atenções o tempo inteiro. Precisa ser idolatrado, ser seguido, ser exemplo para todos. Quando isso não acontece, perde a graça.
Nem 8, nem 80. Amizade se conta nos dedos! E quando digo amizade não estou falando de pessoas que te convidam para beber e fazer festa. Isso, são conhecidos! Claro que esses convites também faz parte. Mas não só isso. Amizades assim são muito rasas. 
Amigo é aquele que te liga pra te contar uma novidade, ou para te dar uma notícia ruim. É aquele que te empresta dinheiro quando se está mal de grana, é aquele que se preocupa se você conseguiu aquela entrevista de emprego, se fechou aquele contrato ou se deu tudo certo nos exames. Amigo mesmo, te conhece tão bem que sabe exatamente quando tu está numa fase boa ou numa maré ruim. E ele está ali contigo tanto para comemorar quanto para afogar as mágoas. Amigo mesmo lembra da primeira vez que tu fumou, do primeiro amor, da primeira festa, da primeira traição. Amigo de verdade pode passar semanas, meses e até anos sem te ver (em função das agendas que não se encaixam, da correria do dia-a-dia) mas ele está sempre presente. Amigo mesmo, conhece tua família, já fez pelo menos uma viagem contigo e já se meteu em várias enrascadas contigo  também. Amigo sente orgulho de ti, te defende perante todos e te puxa a orelha quando necessário.
Felizes os que tem amigos!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vai passar

Olhe, não fique assim não vai passar. Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás.Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia.Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. "É melhor viver do que ser feliz". Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói,ai,eu sei como dói. Mas passa.Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz. Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto de agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que tô falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.

Caio F. Abreu

domingo, 25 de agosto de 2013

Por um mundo com mais amor e menos EU

Já dizia Cazuza "Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida..." Todo mundo quer isso. No fundo, no fundo, todas as pessoas esperam encontrar alguém para juntas serem felizes. O fato é que, hoje em dia, as pessoas não tem mais paciência. Antigamente se construía uma relação para durar a eternidade. Hoje não. Hoje temos a liberdade de encerrarmos as relações a hora que bem entendemos. Isso é uma vitória. Ou não. O lado bom é que já não se passa uma vida toda com alguém que não se ama mais, que não te respeita ou não te valoriza. O lado ruim é que pequenos defeitos acabam virando um monstruoso, terrível e inaceitável problema. Todos nós devemos procurar a felicidade, e se permitir viver outros relacionamentos quando o atual está fadado ao fracasso. Porém, em alguns casos, esses probleminhas que surgem na vida a dois, e isso existe em TODOS os relacionamentos, acabam sendo motivos de brigas e términos. Os casais se separam. Só pensamos no nosso próprio umbigo. A única coisa que nos importa são as nossas vontades e nossos desejos. O outro que se rale! Eu quero ser feliz, e quero isso agora! E se não for do meu jeito....baubau. Ok! Aí tu termina, parte pra outra, cheia de orgulho. Encontra alguém, começa um relacionamento e....bimba! Tudo de novo. Relacionamento nenhum é baseado em paixão e desejo o tempo todo. Relacionamento é muito mais! A gente nunca vai encontrar alguém que seja exatamente como queremos. Ninguém mais tolera nada. A geração fast-food levou isso para os relacionamentos também. Não se cria confiança, cumplicidade, parceria...pois é isto que leva um relacionamento para frente. A vida é feita de escolhas. E todas elas possuem consequências. Se você tem um relacionamento em que existe respeito, cumplicidade, amor e parceria....pense bem! Pense bem antes de dizer "tchau". Talvez aquele defeito tão chato do outro não seja assim tão chato. Talvez quela falta de atenção em lembrar as datas ou reparar na sua roupa não seja assim algo tão grave! Grave é falta de respeito, é mentira, é joguinho, é anular o outro....isso sim é grave. O resto, meu amigo, são coisas contornáveis. Os defeitos que te irritam numa pessoa, podem ser pequenos perto de outros defeitos que você virá a conviver no seu próximo amor. Não sejamos acomodados. De forma alguma. Mas acho que falta um pouco de paciência nas pessoas e um pouco de falta de vontade. Conversei com um amigo que me disse "me arrependo até hoje de ter terminado meu namoro. Agora eu vi que aqueles defeitos nem eram tao grandes. Sinto muita falta dela, mas agora ela tá lá feliz do lado de um outro cara". Já uma amiga me disse que o ex não para de ligar, mandar mensagem, procurar...mas ela está em outra! É isso que acontece com términos prematuros. O arrependimento. E aí quando você se der conta disso, pode ser tarde demais. O outro já sofreu, já se recuperou e já está em outra! 




sábado, 24 de agosto de 2013

Não precisa ser criança para querer um colo

Todos nós temos que ser fortes. A gente aprende desde pequeno que precisa ser forte. Eu me considero uma pessoa forte. Já passei por tanta coisa....todo mundo já passou ou vai passar. E to aqui, firme e FORTE! Ser forte é superar obstáculos, é resolver problemas, é aguentar no osso algumas situações que aparecem. Temos família, amigos, as vezes amores, mas nós mesmos devemos dar conta do recado. É aquela velha história: nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Mas em alguns momentos precisamos de colo. Queremos um abraço ou carinho. Só isso. Não queremos palavras, nem soluções, muito menos que alguém pegue o volante da sua vida e dirija por você. Apenas colo. Apenas saber que tem alguém ali, alguém que vai te abraçar e dizer "está tudo bem", mesmo que não esteja. O afago não soluciona nada, mas dá força pra quem o recebe.

No outro dia é vida que segue. É bola pra frente. 


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O primeiro desabafo

Nunca fui muito boa em me abrir com as pessoas. Tenho dificuldades de expor as coisas que sinto. Digo isso no sentido de conversar mesmo. Não gosto de discussões, não gosto de ver o outro triste e nem de ver alguém irritado. Mas essas coisas fazem parte da vida, não é mesmo? O fato é que desde pequena eu sempre preferi escrever o que estava sentindo. Me lembro de uma vez, quando era criança, que eu havia brigado com meu então padrasto na época. Tinha sido uma briga feia. E eu escrevi uma cartinha e deixei colada na geladeira. Essa carta contava os motivos de eu estar chateada, as coisas que me fizeram ficar triste e no final havia um pedido de desculpas. Me lembro que me senti leve. Era como fazer uma terapia.
Aliás, hoje, faço terapia! E até nos encontros tenho dificuldade de me abrir....a coitada da minha terapeuta tem que me espremer ao máximo até conseguir arrancar alguma informação relevante. O importante é que, em várias situações da minha vida eu tenho vontade de escrever sobre o que estou sentindo ou pensando. Talvez seja uma forma de organizar minhas ideias (por isso o nome do blog), e refletir sobre como agir.
Hoje eu tive vontade de escrever pois tenho sentido com frequência uma saudade enorme. Uma saudade de coisas que não vivi, de lugares que não conheci e de uma Priscila que eu ainda não fui. Estranho, não? Não sei se outras pessoas já sentiram isso. Mas eu venho sentindo. Uma saudade de uma coisa que desconheço, de pessoas que desconheço e de sentimentos que desconheço. Este ano eu coloquei na minha cabeça que quero fazer pelo menos uma viagem bacana por ano. Viajar para algum lugar que não conheço (o que não é difícil já que nunca viajei muito e conheço poucos lugares). Talvez esse seja o primeiro passo para essa inquietude que venho sentindo. O novo me atrai. Eu tenho sede de conhecimento de todas as formas. Agora é fazer com que isso deixe de ser uma ideia e passe a ser uma meta!