segunda-feira, 24 de março de 2014

Quando uma porta se fecha, muitas outras se abrem

Sempre que um ciclo encerra, ficamos por muitas vezes tristes. Sofremos a perda daquela pessoa ou daquela situação. É triste apostar em algo ou alguém e ver que não deu certo. É triste reconhecer que fracassamos de alguma maneira. E mais triste ainda é olhar para trás e ver o tempo que se perdeu, a energia que se desperdiçou com algo que não evoluiu da maneira que planejamos. 

Na verdade, essas coisas não deveriam ser tristes. Se analisarmos com frieza, vamos perceber que talvez aquela situação não fosse tão boa como imaginávamos. A vida se encarrega de ajeitar as coisas. Bom mesmo é perceber que sempre que uma porta se fecha, muitas outras se abrem! Novos caminhos, novas experiências, novos planos, novos ciclos. E o movimento é sempre bom! 

No início a gente sofre, sente falta, quer entender o porque aquilo não deu certo. E não estou falando de relacionamentos, estou falando de maneira geral. Emprego, amigos, amores, negócios, investimentos, sociedades, etc. Quem tem a arte de entender a perda, tem a arte de saborear o novo. E o novo tá aí, soprando no nosso rosto. Nós que muitas vezes não percebemos isso.

Vamos  experimentar as oportunidades que aparecem. Os caminhos que se apresentam. As portas que se abrem. Tudo na vida é tentativa e erro. E se não deu certo é sinal que se tentou. Pior é ter medo de tentar, de arriscar, de enfrentar. 

Já dizia Belchior na música Como Nossos Pais: "...é você que ama o passado e que não vê, que o novo sempre vem..."

=)




quinta-feira, 6 de março de 2014

O que está acontecendo com o amor?

Já fazem alguns dias que venho ouvindo em conversas com amigos, e amigos de amigos, histórias sobre relações que não deram certo, ou que nem chegaram a acontecer. Confesso que também passei por situações semelhantes. O que me levou até a abordar o assunto na minha terapia. O que está acontecendo com as pessoas? O que está acontecendo com o amor?

A pessoa insinua que quer algo mais sério, mas na verdade não quer. É apenas um teatrinho pra manter o outro entretido na situação. As pessoas jogam umas com as outras. O tempo todo. Ter um relacionamento virou um jogo, onde ganha quem consegue com maestria blefar, e depois dar a cartada final. Gostaria de entender o porque disso.

São situações assim: um quer ver, o outro também. Mas um não vai ligar, pq isso é correr atrás. O outro, tão pouco irá procurar, pelo mesmo motivo. Aí começam as insinuações, do tipo "Ó não tá me dando valor, não tá me dando moral, to ai com gente me querendo" e surgem posts nas redes sociais (sempre elas...). Surgem fotos estrategicamente tiradas para que deixe o outro com a pulga atrás da orelha, surgem textos publicados com indiretas....uma grande atuação. 

A sacada é a seguinte, você tem que fazer com que a pessoa fique correndo atrás de você, se não for assim, não tem graça. Mas daí um belo dia, a pessoa cansa de correr atrás. Aí, a outra parte envolvida, tomada por uma necessidade absurda de ter seu ego inflado, começa a ficar incomodada com a situação. E começa a ser o par perfeito. Que dá atenção, que sente saudades, que liga, que quer ver. Quando tudo volta a normalidade....PIMBA! Tudo de novo, porque daí perde a graça...a pessoa está na tua mão. Não tem desafio. 

Aparentemente, as pessoas nem querem ficar com a criatura envolvida no caso. Não sabem nem o que sentem em relação a ela, mas sentem sim, necessidade de ter alguém que as queiram, que as procurem, que elevem as suas auto-estima. Aonde chegará tudo isso? Qual é o resultado desse jogo? As respostas são: resultado nenhum que levará a lugar algum. A única coisa que acontece é perda de tempo. E perda de tempo, é perda de vida. 

Ninguém é obrigado a estar com ninguém. E não tem nada de mais em querer ficar sozinho. Mas no caso de se querer estar com alguém, qual a dificuldade de ser sincero com seus sentimentos? A sensação que tenho é que estamos fazendo parte de uma geração vazia, mimada e carente. O resultado disso são relacionamentos onde as pessoas só procuram atenção, suprir suas próprias vontades e ter alguém babando o seu ovo. 

Onde está a parte boa de ter um relacionamento? Cadê a felicidade que desperta quando se está apaixonado por alguém? Ninguém mais lembra disso...só se tem reclamações, cobranças, sofrimentos, choros, etc. 

Uma vez, num show da Marisa Monte ela disse "Para se estar feliz a dois, é preciso estar feliz sozinho". E é bem por aí. Antes de você se envolver com alguém, fazer com que a pessoa se interesse por ti, e se apaixone por ti, primeiro seja uma pessoa bem resolvida. Seja uma pessoa que não precise ficar criando personagens, nem que precise criar situações de dúvida para que o outro demonstre desesperadamente o quanto ela te quer.

Não existe nada mais bonito do que receber atenção, carinho, confiança e demonstrações de afeto de maneira natural, sem forçar situações que obriguem a outra pessoa a te fazer isso. Tu tem um coração e do outro lado também tem um coração. Já pensou nisso? 

Acho que essa geração, que tem tudo que quer e da maneira que quer já não sabe mais o que é amar, se apaixonar. Essa é a parte boa da vida. É o que dá brilho no olho, dá emoção e alegrias. E não o contrário. O contrário é jogo. Apenas isso. 

Fica aqui a pergunta: o que está acontecendo com o amor?